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  • Pr. Manolo Damasio

28 - Ambiente doméstico saudável

Como identificar resíduos perigosos no lar?

Existe uma longa lista de elementos utilizados cotidianamente em casa, cujos componentes podem provocar riscos ao meio ambiente e à saúde. Sua periculosidade reside na manipulação inadequada, armazenamento, e acúmulo quando se encontram em desuso. Entre esses produtos, destacam-se as pilhas, tintas de pinturas, lustra-móveis, medicamentos e até a coleira contra pulgas do cãozinho de estimação. Acadêmicos da Escola de Engenharia em Construção da Universidade Católica de Valparaíso, no Chile, realizaram um estudo para identificar esses resíduos e projetar um plano de educação sobre o tema.

Há dez anos, um estudo na Europa detectou a presença de alguns resíduos (diluentes, restos de pinturas e medicamentos, etc.) que, mesmo em pequenas quantidades, ao juntarem-se com outros, poderiam criar problemas no meio ambiente doméstico e interferir na saúde das pessoas.

Outro propósito do estudo foi determinar o grau de conhecimento que as pessoas tinham sobre a periculosidade dos agentes contaminadores a que estavam expostos, comprovando-se que existia uma grande ignorância sobre o assunto. Como não podemos evitar a compra desses produtos, é muito importante que o façamos responsavelmente.

Para definir o que seria um resíduo perigoso, os estudiosos recorreram às categorias usadas para descrever os resíduos industriais. São cinco as categorias: inflamabilidade, corrosibilidade, reatividade, toxicidade e explosividade.

Um produto converte-se em resíduo quando não é mais usado ou quando não cumpre sua vida útil. Por exemplo, quando sobra tinta da pintura de uma residência, o resíduo é transformado em “lixo”. Nesse caso, o perigo está nos pigmentos e agentes inflamáveis que contém e que facilmente podem desencadear incêndios.


Inimigos silenciosos

Muitos passam inadvertidos pelo uso cotidiano, tais como produtos de limpeza, asseio pessoal, pinturas, pilhas, ceras, baterias de automóveis, desinfetantes e outros. Os usuários geralmente não se preocupam em identificar seus componentes, além disso, existem alguns que não têm instruções de armazenamento, conservação e manuseio. Há também um grande número de pessoas que não levam em conta as precauções necessárias para utilizar e descartar os resíduos.


Educação e reciclagem

Considera-se fundamental implementar um plano de educação ambiental para instruir a população sobre os produtos – resíduos perigosos – e em como devem ser manuseados e eliminados da casa. Propõe- se implementar um programa gradual de coleta de resíduos de maneira a tirá-los ou pelo menos reduzir a quantidade deles no ambiente doméstico.


Esse plano tem três etapas:

1. A primeira contempla uma estação de transferência no subúrbio das cidades, que permita receber e armazenar detritos perigosos, com uma área destinada à reciclagem dos resíduos de tinta e combustíveis.

2. Na segunda etapa figuram supermercados e centros comerciais como pontos de coleta para a reciclagem.

3. A terceira etapa inclui um veículo especial para recolher os resíduos, o que deve ser desenvolvido concomitante com uma campanha de divulgação para obter a participação da comunidade.


Qualidade da água potável

Para evitar as enfermidades transmissíveis, hoje as cidades têm grandes estações de tratamento da água que deverá ser servida à população. “Tal medida realmente eliminou muitas doenças outrora preocupantes, mas trouxe um outro problema: os agentes contaminadores derivados do cloro, aplicados no processo de potabilização da água. Alguns efeitos sobre a saúde são: distúrbios nas funções do fígado e dos rins, defeitos de nascimento e câncer”, afirma Davyd Dayack, em Princípios de Saúde Ambiental (Universidade de Loma Linda, 12/02/2001).

Segundo esse pesquisador, 97% da água disponível em nosso planeta está nos mares e 2% nas calotas polares. Disponível nos lagos, rios e subsolo, somente 1%. Tais dados são de grande relevância para que cuidemos muito bem da água em nosso lar, evitando desperdícios.

Os estudos mostram ainda que se consome cerca de 100 litros de água diariamente para satisfazer todas as necessidades que requerem o uso deste líquido. Cada pessoa consome, em média, de um a três litros d’água por dia, só para beber. Nos países pobres, um milhão e meio de pessoas carecem de água limpa para beber.

Os depósitos e lençóis subterrâneos de água passam por uma contaminação sem precedentes na história da humanidade. As fossas domésticas, os grandes depósitos de lixo urbano, os resíduos industriais e o uso indiscriminado de fertilizantes e pesticidas são as principais causas dessa poluição.

Diante do exposto, dois cuidados devem ser tomados por você, para ter um ambiente doméstico mais saudável:

1. Evitar o desperdício de água.

2. Promover a eliminação do excesso de cloro da água que você recebe em casa.


A melhor maneira de remover o cloro da água é o uso de um filtro que ofereça essa facilidade. Tais equipamentos estão à venda nas casas de produtos domés- ticos e até nos supermercados. Eles são de vários tipos e preços. Cuidado! Seu primeiro critério de compra não deve ser o preço e sim a capacidade de remover o cloro anunciada pelo fabricante. Depois, verifique se esse fabricante é uma empresa responsável, se lhe dará boa cobertura de assistência técnica e de reposição dos elementos filtrantes. Pode-se ver se tem algum selo de certificação ou creditação junto às entidades fiscalizadoras ou de controle de qualidade. Olhe o tempo de garantia dado pelo fabricante. Pronto! Agora você está livre para ver o melhor preço.


Poluição sonora

Muita gente não se preocupa com a poluição sonora. Esta, porém, vem se constituindo em um dos maiores problemas ambientais dentro de casa. Com a modernização da vida, os aparelhos eletrônicos estão cada vez mais presentes e em maior número no lar. Cada um emite um ruído e tem um “piloto” aceso. A saúde do ser humano também depende do que ele ouve. Os sons suportáveis são medidos em decibéis. Quando a quantidade de decibéis é muito alta, experimentamos desconforto, irritabilidade e mudança de comporta- mento. Alguns pesquisadores afirmam, por exemplo, que o uso de fones de ouvido por um período muito longo pode causar demência.

Em sua casa há muito ruído? Aparelhos como tele- visão, ventiladores, rádios e ar condicionado estão aumentando os sons no ambiente? E como lhe chega a poluição sonora que vem da rua, se é que você mora em um lugar bem movimentado? Que tal algumas medidas para baixar os ruídos? Converse com as pessoas em casa a fim de estudarem juntos as providências necessárias.


Poluição visual

Da próxima vez que você for ao campo, repare nas cores da natureza. Veja, por exemplo, o horizonte. Lá você poderá contemplar o verde em seus diversos matizes, o claro e lindo azul do céu, os contrastes de branco e cinza das nuvens, bem como alguns toques suaves de outras cores que podemos ver nas flores. Veja que nada agride os sentidos. Ao contrário, a natureza combina as cores de modo repousante.

Agora, pense no colorido das grandes cidades. Que diferença, não? Não há combinação de cores. Os luminosos em gás néon irritam a vista com sua cons- tante troca de cores. As cores artificiais são um tanto agressivas.

E em casa? Como está “o visual”? Que tal tomar algumas providências simples para mudar isso e tornar a casa mais agradável visualmente também?

O discernimento para tornar o seu ambiente doméstico saudável virá a partir de um relacionamento diário com Cristo. Então, vá à presença de Deus do jeito que você se levantar.



Deus cuida de tudo, sustentando todas as coisas que criou. Aquele que mantém os incontáveis mundos através da imensidão do Universo, ao mesmo tempo atende as necessidades do pequeno pardal que, confiante, solta o seu humilde gorjeio. O Pai celeste observa com ternura cada um de Seus filhos quando saem para o seu trabalho diário, assim como quando se entregam à oração; quando repousam à noite, e quando se levantam pela manhã; quando o rico se banqueteia em seu palácio, ou quando o pobre reúne seus filhos em torno da mesa escassa. Nenhuma lágrima é derramada sem que Deus saiba. Não há sorriso que Ele não perceba. – Caminho a Cristo, pág. 86.


 

'Entreguem todas as suas preocupações a Deus, pois ele cuida de vocês. '

1Pedro 5:7


 


A diferença é a oração

“A oração é a resposta para cada problema da vida. Ela nos põe em sintonia com a sabedoria divina, a qual sabe como ajustar cada coisa perfeitamente. Às vezes, deixamos de orar em certas circunstâncias porque, a nosso ver, a situação é sem esperança. Mas nada é impossível com Deus. Nada é tão emaranhado que não possa ser remediado, nenhuma relação humana é tão tensa que Deus não possa trazê-la à reconciliação e à compreensão; nenhum hábito é tão profundamente enraizado que não possa ser vencido; ninguém é tão fraco que Ele não possa tornar forte. Ninguém é tão doente que Ele não possa curar. Nenhuma mente é tão obscura que Ele não possa tornar brilhante. Se alguma coisa nos causa preocupação ou ansiedade, paremos de propagá-la e confiemos em Deus por restauração, amor e poder.” Review and Herald, 7 de outubro de 1865.



Fonte: 2 Seminário de Enriquecimento Espiritual, DSA 2017.

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