“Pensemos uns nos outros a fim de ajudarmos todos a terem mais amor e fazerem o bem.” Hebreus 10:24, NTLH.
Após o grande milagre do Pentecostes, quando três mil pessoas foram batizadas pela orientação dos discípulos, esses novos conversos dedicavam-se “à comunhão”.
Tinham “todas as coisas em comum..., distribuíam a cada um conforme a sua necessidade, tomavam as refeições juntos... com alegria” (Atos 2:42, 44-46).
E a igreja continuou a crescer e amadurecer como uma comunidade, a ponto de Lucas afirmar que “uma era a mente e um o coração” dos seus membros (Atos 4:32).
O interessante é que esses encontros não ocorriam em espaços amplos, com um grande número de pessoas. Quando Jesus curou um paralítico que desceu pelo teto, Ele Se encontrava em uma casa, reunido com Seus discípulos. Na igreja primitiva, “partiam o pão em cada casa” (Atos 2:46). As reuniões familiares, em pequenos grupos, eram comuns aos discípulos mesmo quando Cristo ainda não havia passado pelo Calvário, e continuaram a ser o grande apoio para a igreja nascente.
O intenso amor que eles experimentavam de uns para com os outros nesses grupos familiares era um dos principais motivos do surpreendente crescimento da igreja primitiva. Jesus predisse que esse relacio- namento de amor mútuo seria a chave para que o mundo conhecesse o poder do Evangelho (João 13:34 e 35). Muitas vezes, ao darmos estudos a interessados, afirmamos que eles não devem olhar para a vida dos membros da igreja; que devem apenas olhar para Cristo como modelo a ser seguido. Jesus chama a atenção para as pessoas. O amor é uma prova do discipulado de Cristo. Em outras palavras, você precisa ser um ímã que atraia as pessoas à comunhão através do exercício do amor. Essa é uma prova do seu discipulado, e nada melhor do que realizar essa tarefa por seu pequeno grupo.
Os grupos são uma extensão da igreja em que há a participação de todos os presentes. Isso quer dizer que se trata de um espaço onde há liberdade de manifestação, um ambiente participativo e acolhedor. É um lugar de desenvolvimento dos dons e ministérios de forma dinâmica e prática. Nos pequenos grupos, as pessoas são apascentadas individualmente, isso não exclui as outras atividades da igreja, porém, é dentro do pequeno grupo que recebemos e nos damos a cada um de forma mais abrangente e pessoal.
Nos grupos são desenvolvidos vínculos de amizade essenciais para a nossa vida. A massificação das igrejas, a correria do cotidiano, a rotina cansativa e exaustiva da cidade são grandes inimigos desses vínculos. O grupo é o lugar em que compartilhamos nossas necessidades, nossas vitórias, nossos fracassos, nossos desafios. O vínculo nele firmado irá nos propiciar níveis de comunhão e de e intimidade com o Pai que não alcançaríamos de outra forma. É, por excelência, e com certeza, o lugar para serem construídos relacionamentos sadios.
O que é um grupo?
O ser humano é, por criação divina, um ser social, e somente existe, ou subsiste, em função de seus inter-relacionamentos grupais. O próprio Deus é uma comunidade perfeita: Pai, Filho e Espírito Santo. Fomos criados à Sua semelhança (Gênesis 1:27), homem e mulher, uma comunidade, uma só carne (Gênesis 2:24). E assim, desde o nascimento, o indivíduo participa de diferentes grupos, um constante movimento entre a busca da identidade individual e a necessidade de uma identidade grupal e social.
Em geral, define-se grupo como sendo uma unidade que se dá quando os indivíduos interagem entre si e compartilham algumas normas e objetivos. Um grupo não é uma mera soma de indivíduos; ao contrário, ele se constitui com leis e mecanismos próprios e específicos. Todos os integrantes do grupo se reúnem, face a face, em torno de tarefas e de objetivos comuns.
O tamanho de um grupo não pode exceder o limite que ponha em risco a indispensável preservação da comunicação, tanto visual como a auditiva, bem como dos conceitos compartilhados. A massificação nas igrejas é uma grande dificuldade nos dias atuais.
Quantos já não ouviram alguém dizer que em suas igrejas as pessoas se importavam mais umas com as outras e, à medida que tais igrejas se desenvolvem, parece que ninguém mais se importa. Alguns pensam que bons programas são capazes de superar a falta de relacionamentos sólidos entre os membros de tais igrejas. A única forma de se evitar o problema é por meio dos pequenos grupos, bem estruturados.
O grupo é uma unidade que se comporta com uma totalidade, e vice-versa. Assim, ao mesmo tempo em que um grupo se organiza a serviço de seus membros, cada pessoa também oferece seu serviço (dons e talentos) para o crescimento do grupo, tornando-se uma bênção aos demais. Uma das principais funções do grupo é o crescimento individual de seus membros, e isso exige a participação de cada um dos seus integrantes, portanto:
“...animemos uns aos outros e ainda mais agora que vocês vêem que o dia está chegando.” Hebreus 10:25, NTLH.
Quando você se apresenta como membro da Igreja Adventista do Sétimo Dia, além de afirmar que pertence a uma família, você está afirmando que reconhece em sua vida as suas normas e que está disposto a assumir tanto as bênçãos como a superar as dificuldades advindas dessa identificação. O próprio Cristo nos lembra que “se as pessoas que são do mundo Me perseguiram, também perseguirão vocês; se elas obe- deceram aos Meus ensinamentos, também obedecerão aos ensinos de vocês... no mundo vocês vão sofrer, mas tenham coragem. Eu venci o mundo”. João 16:20 e 33. O grupo oferece identidade aos seus membros – os seguidores de Cristo são reconhecidos como cristãos.
Paulo diz que você deve amar – amar as pessoas – o objetivo número um de sua vida. Por quê? Primeiro, porque é prioridade; segundo, porque é a pratica – o que isso faz em sua vida, a felicidade que traz para você e para os outros; terceiro, por causa da permanência.
“Eu lhes dou este novo mandamento: amem uns aos outros. Assim como Eu os amei, amem também uns aos outros. Se tiverem amor uns pelos outros, todos saberão que vocês são Meus seguidores.” João 13:34 e 35, BLH.
Ele não faz uma nova sugestão, é um mandamento, Se você é crente em Cristo para você mesmo, o amor como um estilo de vida não é opcional. Você não escolhe se vai amar ou não. Se você é um crente, esse é um mandamento. Ame!
Como nós amamos? Jesus disse: “...assim como Eu vos amei.” Jesus é o nosso modelo. Você pode dizer: “Espere um pouco! Eu não posso amar do jeito que Jesus amou! Ele era perfeito! Não posso amar como ele amou!” Você está certo! Aí está a razão principal por que você precisa de Jesus em sua vida. Somente Ele pode amar através de você. Você não pode fazer isso por você mesmo.
Cantamos sobre o amor, falamos de amor, oramos pelo amor, estudamos sobre o amor, mas temos colocado o amor em ação? Para desenvolver o amor como um princípio de vida, fazendo dele o principal em sua vida, significa que você vai precisar desenvolver uma série de ações, que sejam favoráveis as situações ou não! Você sai de casa e bate com seu carro. Se estiver realmente levando tudo a sério, isso vai requerer de você mudanças radicais. É você que vai ter de tomar a iniciativa. O amor age!
O Sábado é o sinal entre Deus e Seu povo. E qual é o sinal que distingue a Igreja do mundo? O amor é o sinal entre a igreja e o mundo. Você é um crente amoroso? Ou sente ódio de alguém? Ore agora e peça que o Espírito Santo encha seu coração do amor de Cristo.
Primeiro, comece amando as pessoas com quem você já tem relacionamentos. Pense em todos os relacionamentos que você já teve e verifique se há necessidade de alguma reconciliação com alguém que você deixou de amar. Filhos, esposo, esposa, pais, colegas de escola ou de trabalho. Endireite as relações que você já tem, mas isso não é tudo.
Se você vai fazer do amor o seu estilo de vida, vai aumentar o seu círculo, alargar o número de relacionamentos que você pode ter. Faça isso por compartilhar o amor de Deus pelas pessoas, porque essa é a coisa mais importante. É isso que Deus vai olhar quando fizer uma avaliação de sua vida. Expanda seus relacionamentos. Você não vai poder ter esse estilo de vida como um eremita. Participe de um pequeno grupo. Faça dele um ambiente agradável porque o amor está presente. E se o amor está presente, Deus está presente porque “Deus é amor” (I João 4:8).
Os Dez Mandamentos dos Relacionamentos
I – Respeitar o próximo como ser humano.
II – Evitar cortar a palavra de quem fala; esperar a sua vez.
III – Controlar suas reações agressivas, evitando ser indelicado ou mesmo irônico.
IV – Evitar “pular” por cima de seus superiores; quando o fizer, explique.
V – Procurar conhecer melhor os membros de seu grupo, a fim de compreendê-los e de se adaptar à personalidade de cada um.
VI – Evitar tomar a responsabilidade atribuída a outro, a não ser a pedido deste ou em caso de emergência.
VII – Procurar as causas de suas antipatias a fim de vencê-las.
VIII – Estar sempre sorridente.
IX– Procurar definir bem o sentido das palavras no caso de discussões em grupo para evitar mal-entendidos.
X– Ser modesto nas discussões; pensar que talvez o outro tenha razão e, se não tiver, procurar compre- ender suas razões.
Lembre-se: Para amar o próximo, primeiro é preciso amar a Jesus, pois...
Quando o amor de Cristo se encontra no coração, como um suave perfume, esse amor não pode ficar escondido. Sua santa influência será sentida por todos aqueles com quem entramos em contato. O espírito de Cristo no coração é como fonte no deserto, que ali está para refrigerar a todos, despertando nas pessoas desfalecidas o desejo de beber da água da vida. No coração renovado pela graça divina, todas as ações são feitas por amor. Ele modifica o caráter, governa os impulsos, as paixões, a inimizade e torna mais nobres as afeições. Esse amor faz com que a vida se torne mais amena e espalha ao redor uma influência de bondade. – Caminho a Cristo, págs. 77 e 59.
“Pensemos uns nos outros a fim de ajudarmos todos a terem mais amor e fazerem o bem.” Hebreus 10:24
A diferença é a oração
“A oração é a resposta para cada problema da vida. Ela nos põe em sintonia com a sabedoria divina, a qual sabe como ajustar cada coisa perfeitamente. Às vezes, deixamos de orar em certas circunstâncias porque, a nosso ver, a situação é sem esperança. Mas nada é impossível com Deus. Nada é tão emaranhado que não possa ser remediado, nenhuma relação humana é tão tensa que Deus não possa trazê-la à reconciliação e à compreensão; nenhum hábito é tão profundamente enraizado que não possa ser vencido; ninguém é tão fraco que Ele não possa tornar forte. Ninguém é tão doente que Ele não possa curar. Nenhuma mente é tão obscura que Ele não possa tornar brilhante. Se alguma coisa nos causa preocupação ou ansiedade, paremos de propagá-la e confiemos em Deus por restauração, amor e poder.” Review and Herald, 7 de outubro de 1865.
Fonte: 2 Seminário de Enriquecimento Espiritual, DSA 2017.
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