“Você sabe com quem está falando?!”
Essa frase, apesar de ridícula, costuma ainda ser muito usada por gente que tenta se impor sobre o outro — apelando à suposta origem nobre; uma posição importante; poderio financeiro ou apenas atestando sua boçalidade.
Quem dá um carteiraço como esse ainda não amadureceu emocionalmente, nem compreendeu a essência do cristianismo. O evangelho rejeita a presunção, ignora castas, condena a opressão e sobretudo, despreza o orgulho.
A proposta do Senhor é tão revolucionária que chega a confundir os que se recusam a discernir pelo Espírito o conselho bíblico.
Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo. (Filipenses 2:3 NVI).
A verdadeira humildade não exige auto-depreciação. As palavras de Paulo implicam em seu significado original, que você calcule, baseado em fatos, numa avaliação sincera, quem de fato você é. Num português claro, você precisa saber qual é o seu lugar.
Em outro momento, numa carta enviada à Igreja em Roma, Paulo conseguiu ser ainda mais claro.
Ninguém tenha de si mesmo um conceito mais elevado do que deve ter; mas, ao contrário, tenha um conceito equilibrado, de acordo com a medida da fé que Deus lhe concedeu. (Romanos 12:3 NVI).
Fica mais fácil entender a reação de João Batista quando lhe perguntaram se ele era o Messias. Ele disse que não. Insistiram se ele era Jeremias ou um dos profetas. O Batista fechou a questão dizendo que era apenas uma “voz”.
Meu irmão, coloque-se no seu lugar e ninguém terá condições de exaltá-lo ou destituí-lo.