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Pr. Manolo Damasio

#127 Água e sangue

Updated: Apr 14, 2020


O apóstolo João destaca de forma interessante dois elementos em seu evangelho. Sangue e água percorrem sua narrativa paralelamente.

O sangue é alusivo ao sacrifício de Cristo, sem o qual não pode haver remissão de pecados. A água, associada também a Ele, é em pleno sentido, um símbolo do Espírito Santo.

  • No primeiro capítulo, Jesus recebe o Espírito após ser batizado, nas águas. (João 1:33).

  • No capítulo 2, Ele transforma água em vinho (versos 7 a 10).

  • Com Nicodemos, no capítulo 3, Ele fala de um novo nascimento através da água e de uma fé gerada pelo sacrifício de sangue (versos 5 e 14 a 16).

  • No capítulo 4, é prometido à Samaritana uma água que sacia de verdade (verso 4).

  • Após a multiplicação dos pães, no capítulo 6, Ele afirma ser indispensável comer sua carne e beber seu sangue (versos 53 a 55) — o que causou muita confusão à época.

  • No capítulo 7, Jesus faz uma promessa linda sobre rios de água viva que fluiriam do Seu interior (versos 37 a 39).

  • No registro do capítulo 13, o Mestre lava os pés dos discípulos com água (verso 5).

  • E no capítulo 19, seu corpo ferido e machucado, sangra, pagando o preço dos pecados da humanidade (verso 18).

Finalmente, os símbolos alcançam o clímax quando Jesus, ainda pendurado na cruz, é ferido entre as costelas e de Seu interior jorram distintamente — sangue e água (verso 34).

Além da simbologia, a forma como Jesus morreu traz consigo um motivo lógico e científico. O miocárdio (um músculo do coração), diante do terrível stress, arrebentou com a mais avassaladora angústia mental.

A medicina constatou que, quando um coração se parte, as substancias mais densas como glóbulos vermelhos, glóbulos brancos, plaquetas, etc. — que constituem fundamentalmente o sangue — se aglutinam e, agrupados, descem para a parte mais baixa do pericárdio, a membrana que envolve o coração. O plasma, basicamente formado por água fica por cima. A linguagem não técnica, mas eficaz, diria que há uma separação de sangue e água quando um coração se parte.

Portanto, só seria possível provar que Cristo morreu de coração partido, se alguém, com um instrumento perfurante, penetrasse, com tal instrumento, o coração de Jesus e, dessa forma, saísse sangue e água (Fonte: https://biblia.com.br/perguntas-biblicas/ciencia-jesus-morreu-de-coracao-partido/).

A morte por crucifixão foi elaborada para causar dor, prolongando o sofrimento. Há relatos de pessoas que chegaram a levar quatro, cinco dias para morrer. Por isso, os líderes religiosos estranharam o fato de Jesus ter morrido em apenas seis horas.

Para confirmar Sua morte, pagaram um soldado romano para furar Seu lado, evidenciando assim que Seu coração havia se partido.

Lembre-se que o Espírito só vai onde o sangue já foi. Aceite Jesus de todo seu coração e receba a plenitude do Espírito.

A salvação é assim: com sangue e com água (1 João 5:6).


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