Satanás está empregando todos os meios para tornar populares o crime e o vício ofensivo. Não podemos andar pelas ruas de nossas cidades sem encontrar notícias inflamantes de crimes, apresentadas em algum romance, ou a serem representados em algum teatro. A mente é educada de maneira a familiarizar-se com o pecado. A conduta seguida pelos que são baixos e vis é posta perante o povo nos jornais do dia, e tudo que pode provocar a paixão é trazido perante eles em histórias excitantes. Ouvem e leem tanto acerca de crimes agressivos que a consciência, que já fora delicada, e que teria recuado com horror de tais cenas, se torna endurecida, e ocupam-se com tais coisas com ávido interesse. PP 335.3-PP 336.1

Ellen White escreveu estas palavras numa época em que a informação não estava tão acessível quanto hoje. Mas, ela já denunciava essa estratégia de Satanás de tornar o crime e a maldade populares a ponto das pessoas se familiarizarem com isso, perdendo a sensibilidade.

Já não bastassem as notícias de fatos reais, ainda temos que lidar com as obras de ficção que enaltecem o mal a ponto de levar o público a torcer pelo bandido.

Às vésperas do Halloween, quando todas estas coisinhas e monstrinhos ganham um ar de brincadeira, dois filmes tem ganhado um certo destaque nos cinemas neste mês de outubro — Malévola e Coringa.

Se não justificam o mal, criam pelo menos um laço de simpatia com ele.

Mesmo a crítica de cinema, sem nenhum compromisso com os valores do cristianismo, tem ponderado sobre os riscos de humanizar o terror, atribuindo a ele uma causa justificável.

Alguns especialistas do comportamento humano estão analisando com preocupação a idéia de que atos de extrema violência seriam justificados por uma infância difícil e uma juventude afetada pelo bullying.

Onde isso vai dar? Não sabemos ao certo. O conselho bíblico nos adverte:

Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai (Filipenses 4:8).

Somos transformados pela contemplação. Com o que você tem alimentado sua mente?

Pr. Manolo Damasio