[...] e reinou Acabe, filho de Onri, sobre Israel, em Samaria, vinte e dois anos. E fez Acabe, filho de Onri, o que era mau aos olhos do Senhor, mais do que todos os que foram antes dele. 1 Reis 16:29,30
Às vezes a gente age como se estivéssemos mais preocupados com a Igreja do que o próprio Senhor.
Isso é um pouco de arrogância da nossa parte, como se Deus fosse um velhinho aposentado que perdeu o pique, e que às vezes dorme no ponto.
Por alguma razão desconhecida, o Senhor, em Sua tolerância, suporta longamente a infidelidade, rebeldia e afronta de algumas pessoas.
Como Acabe pode ter casado com uma princesa declaradamente pagã? Como pode o líder máximo da nação ter feito tanto para irritar o Senhor?
E por que cargas d’água o Senhor suportou Acabe no trono de Israel por mais de duas décadas?!
Por muito tempo nutri uma antipatia por Jezabel, e confesso que meus sentimentos por ela não mudaram muito. Mas, preciso reconhecer que o maior culpado disso tudo foi Acabe.
Ele era um servo de Jeová. Ele era o herdeiro do trono. Esperava-se dele a manutenção da ordem e a promoção do culto ao único Deus verdadeiro.
Jezabel, nesse sentido dava um banho em Acabe. Pensa numa moça leal ao deus de seus pais! Ela não se deixou levar pelo marido. Desde cedo colocou as cartas na mesa e não abandonou sua fé.
Sem dúvida alguma, Jezabel era mais comprometida com a religião do que Acabe — um fraco homem que traiu sua consciência e seu posto de dever.
Toda vez que abrimos mão de um princípio, nos preparamos para derrotas maiores e ainda mais vergonhosas.
Mas, as coisas não ficariam assim para sempre. Quando Deus decidiu mostrar ao povo que “havia Deus em Israel”, Ele trouxe um profeta do campo e fez fogo descer do Céu.
Por que a aparente demora?
Porque às vezes, a infidelidade precisa amadurecer em franca revolta, e só o tempo será capaz de mostrar em contornos claros, quem é que serve quem.
Um abraço do pastor e amigo
Manolo