Música é uma expressão de arte. E toda arte é apreciada através de filtros individuais.
Confesso que tenho estado um pouco preocupado com o tipo de música produzida e consumida no meio cristão. E sem entrar no mérito, até porque essas discussões em redes sociais parecem pouco produtivas, queria chamar a sua atenção a um episódio bíblico, muito curioso, envolvendo a música. Está registrado no livro de Atos, capítulo 16.
Paulo e Silas são violentamente espancados e jogados numa prisão. Tendo todos os motivos do mundo para reclamarem, eles resolvem cantar.
Ao ler o capítulo você acharia razões suficientes para eles dizerem:
“Senhor, nós expulsamos demônios e é isso que a gente recebe?
Estamos no meio de uma viagem missionária e somos espancados desse jeito?
Ao invés do Senhor fazer a nossa retaguarda, o sangue jorra de nossas costas?”
Ninguém os censuraria se eles reclamassem assim. Essa é a lógica. Como disse a mulher de Jó: “amaldiçoa o teu Deus e morre”.
Mas não! Eles cantaram. Por quê? Porque o que você sente está baseado naquilo que você está focado. E aquela dupla não estava focada em si mesma. Mas no Deus a quem serviam.
Isso não te inspira?
As circunstâncias podem aprisionar você. Mas louvar a Deus em meio à crise é sua rota de fuga.
Louve a Deus. Não segundo suas preferências. Não pra satisfazer seu apetite artístico. Louve a Deus pelo que Ele é, independente das injustiças que você esteja sofrendo.
Como disse Mark Batterson:
“Louvar a Deus é esquecer o que há de errado com você e se lembrar o que há de certo nEle”.
O que aquela prisão na Macedônia nos ensina é que quando você louva a Deus nas piores circunstâncias, você jamais saberá o que pode acontecer depois.
No caso de Paulo e Silas, as correntes se partiram. Não somente as de ferro que prendiam suas mãos, mas as correntes espirituais dos que ouviram a música deles.
Louve ao Senhor. Liberte a si mesmo e os que ouvem o seu louvor.